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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Clássico

O riacho


   Havia um tempo, no qual a luxúria prevalecia e o desejo jamais se findava. Não se contentavam os homens, nem as mulheres.
   As mulheres não eram tratadas apenas como vítimas ou simples caça. Muitas delas caçavam tão bem como os machos mais resistentes.
   Havia também neste tempo, um homem com uma avassaladora vontade. Que desejava todas as ninfas e as empalava ao penetrá-las, pois seu falo era imenso quando prestes a tomar pra si sua presa. Latejava tremendo dentro delas.
   Todas as mulheres o queriam. Jamais o esqueciam. Todas suplicavam sua libidinosa possessão.
   Elas arfavam, suspiravam, esfregavam seus corpos em seus braços e pernas, roçavam seus seios e coxas ao perseguirem-no pelas ruas e becos da cidade, pois, sabiam que ele não podia resistir ao cheiro doce e cruel das entranhas das damas daquela época. Época de libertinagem, sodomia e devassidão.
    Ele gostava de lamber os pés delineados e pequenos de algumas de suas mulheres. Gostava de mordiscar os seus seios, principalmente, aqueles mais fartos, os bicos rosáceos e duros. Pontudos, suados e cheirosos.
   Antes de fodê-las, sempre as beijava na boca e cuspia suas faces. Espremia delas seus gemidos mais entorpecidos, O prazer que lhes proporcionavam, era o néctar da devassidão. E era apenas isso que lhe parecia importante na sua existência. Beber do néctar. Saciar sua sede promíscua, incansável.
   Todas queriam ser tomadas como uma égua pelo seu garanhão. Queriam ser, adentradas pelo seu vigor e sentir o bafo forte daquele homem sujo e tosco, por quem suspiravam.
   Certo dia, ele estava banhando-se num riacho, quando o sol deixava a água avermelhada e quase cegava seus olhos.
Ao refrescar-se, enquanto passava a mão sobre seu peito, pensou numa prostituta faminta, que pudesse atender seus desejos e comer todo o fruto do seu sexo enfurecido.
   Seu membro com veias salientes já quase explodia com tanto sangue bombeado.
   Mergulha mais uma vez.
   Imagina uma mulher com o corpo bem torneado... Esculpida por deuses.
   Seios redondos e suculentos, ancas fartas e pelos pubianos curtos, finos, macios e naturais.
   Quase pode sentir o cheiro ébrio, enquanto imaginava,  tomando conta do seu cérebro e obrigando a ele, entregue, escravo da perversão, a consumar um ato solitário, em busca do seu gozo, aliviando-o momentaneamente.
   Antes que terminasse de imaginar o resto do corpo desta mulher etérea, enxerga uma mulher tão ou até mais carnuda e voluptuosa do que sua mente pervertida conseguiu construir. Nua, cavalga de pernas abertas em um alazão negro, aproximando-se do riacho.
   Sua imagem divina fez com que ele se escondesse para continuar observando ao longe os movimentos daquela deusa, que deve ter cheiro de cavalo misturado ao suor.
   A bela desce do cavalo e espreguiça-se com as pernas abertas, apertando seus mamilos, soltando uma palavra cansada, ofegante e prazerosa. Ela ronda o animal e percorre seus músculos com as maçãs do rosto, lábios e dedos. O cavalo parece excitar-se.
   Fica assim, lentamente estimulando-se, escorregando suas costas no cavalo inquieto.
   Senta-se a sua frente e arreganha suas pernas.
O homem estarrecido, não consegue segurar seu esporro, percebendo que aquele sexo é muito mais perfeito e rosado do que ele jamais havia provado.
   Protuberante, brilhava ao sol vermelho que lançava suas luzes no líquido da boceta aberta. Sua entrada parecia uma fenda comprida e estreita e ao contorcer-se no chão, esfregando seu clitóris junto ao focinho do bicho. A mulher, lasciva e deliciosa, deixou que o homem a visse, sem saber ser observada.
   Ficou brincando de atiçar o seu macho até sujar-se com a terra molhada a beira do riacho e quando seus cabelos já grudavam em sua cara, seus gemidos denunciavam seu estase interminável. Por mais que se debatesse, seus dedos não paravam de entrar e sair daqueles buracos úmidos.
   O cavalo aproximava seu focinho do meio das pernas da sua dona e instigava-se. Inquietava-se mais e mais.
   A mulher beliscava seus grandes lábios, tocava sua vulva, num ritmo que conduzia seus urros num padrão de intensidade e morgação e levava o homem cada vez mais próximo da loucura. Ele não ousou interromper.
   Cai, exausta, a pornográfica figura.
   Alguns segundos depois, levanta-se, joga sua cabeleira emaranhada por cima dos ombros e submerge no rio.
   Quando a mulher, tendo o olhar em direção ao sol, levanta-se da água, concede inocente ao homem que lhe observa o deslumbre de seus olhos, gotas de mel faiscantes. Dourados. Cristalinos.
   Seus lábios macios, fartos, não poderiam ficar sem os beijos desejosos e vulgares dele que a adorava naquele momento.
   Precisava possuir a devassa com toda sua força, saciar a sua luxúria pecaminosa.
   Como aparição, o homem surge por detrás das pedras, com seu caralho negro e viçoso apontando pro céu.
   Ela dá um passo para trás surpresa e cobre seus seios pesados. Foi apenas um impulso.
   Mal olha para o exemplar de macho da sua espécie se aproximar e sabe que aquele cacete reluzente, poderia dilacerar suas entranhas. Ele estava ali, pronto pra ser lambido, chupado, devorado por seus lábios gulosos e eufóricos.
   Enfiou-lhe todo na boca, fazendo o coração e todo o corpo do homem pulsar forte e sua respiração aumentar. Ele urrava como uma besta, jogando com força o ar de suas ventas, enquanto a messalina profana sugava-o vorazmente. Inclinava-se pra frente e pra trás, deixando a mostra, seu traseiro respingado de água, dançando para ele.
   Tomado pelo frenesi que a boca fumegante causava, entrelaça seus dedos com os cabelos dela e lança-a contra as pedras, penetrando seu ânus contraído pela brusca pancada, aos poucos se abrindo e arrancando gritos longos de um prazer violento o qual a devassidão feminina daquela cucumbina depravada sonhava, ao se masturbar na borda do riacho minutos antes.
    Ela estremecia de tesão, enquanto ele estocava-a como num cavalgue desembestado de seu fiel animal, eriçado com o cheiro de amor selvagem que inundava o local.
   Antes que sua porra enchesse aquele corpo de calor e seiva, ele beija sua boca doce e põe-na de joelhos para que pudesse golpear-lhe as bochechas rosadas da putona, sorridente, com a língua de fora.
   Come-lhes os peitos e segurando apenas por eles, recostando numa pedra, suspende-a e encaixa sua boceta quente e melada, que aperta e solta seu caralho enquanto rebola em cima dele.
   São deuses naquele momento.
   Seus beijos e mordidas brutais, cusparadas e arranhões, como numa disputa bárbara de domínio, não se importam com a noite chegando e continuam seqüenciados, intermináveis noite adentro.
   A mistura de suor e porra pelos seus corpos, vai sendo aliviada pelas águas daquele lugar.
   Exaustos, entregam por uns segundos, seus corpos ao cansaço.
   A abertura da vagina da meretriz eqüina está lacerada, crescida e rosada. Mal pode esperar a recuperação de seus fôlegos para deixá-la ainda mais violentada.
   Seu verdadeiro macho, adormecido, com o rosto entre suas coxas, ainda permanece rijo, mesmo demente, acabado.
   Aos poucos, despertam e se banham mais uma vez, sob a luz da lua crescente que acabava de sair, anunciando o início de tudo o que é próspero.
   As estrelas agora, também pintam a água do riacho.
   Eles se olham, se afagam e se sugam alimentando-se. Seus ombros se tocam em um abraço de terna satisfação.
    Juntos, sobem as costas do cavalo paciente e ainda nus, cavalgam rindo, sentindo bater o vento que sopra e seca suas peles.
    Parecem crianças comungando com a vida que os cerca.
   A noite começa.
   Todo resto também.

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